Entro no ônibus, ele está
cheio mas ainda tem alguns lugares vagos. Passo pela catraca e avisto um dos
bancos com assento disponível e é nesse instante que se inicia o “procedimento”
1º verifico se não é assento
preferencial, sim tenho o costume de não me sentar em bancos preferenciais
mesmo com o veículo vazio – para minha sorte não é;
2º verifico se não há alguém
que poderia se sentar e que já estava no ônibus – mais uma vez negativo;
3º observo se quem já ocupa a
metade do banco não utiliza o espaço de mais de uma pessoa, impedindo que
alguém caiba em tal lugar – nova negativa.
Tendo completado tais etapas,
me dirijo ao banco e lá me ajeito “confortavelmente” e me distraio com algum
podcast no IPod.
Neste momento entra no veículo
uma moça portando um jaleco enrolado no braço bem como, uma mochila e um livro
que parece ser de Biologia, possui um ar inteligente e aparenta ser bem
educada, deduzo que provavelmente deve ser estudante da Santa Casa.
Após passar pela catraca ela
se posiciona no corredor – já se foram 2 ou 3 pontos, então não há mais lugares
vagos mas ainda tem bastante espaço aos que vão em pé – e mantem sua mochila
nas costas, bloqueando a passagem.
Ela se encontrava em um lugar
que na próxima parada poderia gerar uma verdadeira confusão – uma pequena
amostra do caos – provavelmente esperava que alguém se oferecesse para segurar
sua mochila – outra gentileza costumeira do brasileiro que não se vê ao redor
do mundo – nem pensou em se postar no recuo que há no fundo do ônibus onde não
incomodaria ninguém...
SWITCH
ON
Nesse instante percebo – mais ainda
– a ignorância e a falta de educação presente na população, em todas as suas
camadas, a criatura simplesmente bloqueia a passagem de qualquer passageiro e
não se incomoda com isso, parece pensar “os outros que se virem pra passar, vou
ficar aqui”.
Para a sorte da garota
apareceu uma vaga em um assento, se não ela certamente teria ouvido o bom e
velho discurso sobre boas maneiras.
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